quarta-feira, 18 de junho de 2008

INSÔNIA...





Duas e onze da manhã
uma alma
dois pés gelados
uma garrafa seca de vinho tinto suave e adocicado
dois copos de vodca, esvaziados
dez dedos que teclam
um teclado quase que espancado
uma conexão lenta
duas e quinze e um realese
uns dois palavrões amenos
uma nova escrita nascendo
duas e dezesseis...dezessete...
uma mente inerte...
uma insônia...
Duas e dezessete e alguns milésimos de segundos
Duas e dezoito
Ah rimas que não voltam
Ah sem ter o que fazer,
Muito prazer, ao lazer
Algumas palavras mágicas
Pra esquecer
E não esqueço
Teu queixo...
Duas e dezenove,
Dois olhos que ardem e se movem
Paralisados entre a tela e a lua escura
Duas e vinte...e quase vinte e um
Manhã rompendo...sono chegando
Ufa...duas e alguma coisa...
Caldierão...Fumaça...
Lembrança se tranquei o carro
Se fechei as portas...
Se...se...se...
Duas e vinte três...
Um apito do guarda, anuncia
Duas e vinte quatro,
Fechando janelas do quarto,espera...
Duas e vinte cinco...
Dois cílios se tocando,
Cigarro apagando,
Salvando essa baboseira toda...

De sorte um dia vira arte
Quinhentos anos após a nossa morte
De sorte...por sorte...com sorte
Duas e vinte seis...e sete...
Sete é um número de sorte...
Boa noite...boa morte...boa arte...
E boas à parte...
Cama aquecida...melhor que a arte vencida
Duas e trinta... rimas pobres e ricas...
Seu Windows está pronto para ser desligado...
Só não desliguem essas rimas...


By Du Domeneghetti (de onde será que saem tantas palavras bobas não ocas)

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