segunda-feira, 23 de abril de 2007

Para você...





Se as flores estão...
existem esperanças de que o sol nasça
De que as noites tragam seu orvalho
que nuvens derramem as chuvas
Sou esperançosa nessa coisa doida de viver
De que a vida vale esses riscos que a gente tem que correr
Correr da estrada, na estrada
Ver aquelas nuvenzinhas de pó que se levantam e ir em frente
Em frente pra você, de você, com você
Quero estar assim na tua vida
Hoje, sempre seja do jeito que for
Tua melhor amiga, tua alma amiga
Teu tempo sem contar em ponteiros dos relógios nossos
ser, pra você...ser...
não há cobranças meu amigo
é só meu riso estampado no teu rosto
histórias que podemos contar
risos que poderemos nos dar
alegrias, tristezas que possamos chorar
eu sou pra você...
meu riso estampado no teu rosto,
lindo de viver
meu, seu, nosso...
encontrei um lugar pra ficar
eu que só queria passar
deixar saudades nossas no ar...
meu melhor sorriso,
é pra você sonhar...






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Todos os direitos reservados a autora

sábado, 7 de abril de 2007

Teus sorrisos nos meus... olhos






Teus sorrisos nos meus... olhos


Há um sonho maior que esses meus olhares esperançosos
Um dia, uma lua, várias estrelas... sorrisos dados ao acaso,
pretendendo conquistar mais que amar... de laranja pintar
outonos... e suas folhas velha-novas, renascendo das manhãs
versos brancos me descobrem, pela boca do poeta... inquieta alma...
vira seta quando aponta os ventos do sul... em velas coloridas
propaganda em olhos otimistas e intimistas...seus olhares e eu,
a ventania joga no ar... voa em outros ares...
menor-dor, das que trago no peito, apertando uma esperança
um dia chegando, talvez... pudesse ser outono nesses laranjas do céu
que sempre estão diante dos olhos e dos versos... meus,
presentes de Deus e de seu infinito amor pelos olhos da sua menina,
eu sou, coração transborda de agradecimento pelos agrados Teus...
são só...os sonhos e eu...azuis-laranjas...o céu, vários outonos,
alguns amores, imensas dores, sem rancores, um campo de flores,
teu sorriso e o meu... nos meus olhares...









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sexta-feira, 6 de abril de 2007

AS PEDRAS E AS FLORES... em mim...










As pedras e flores

Começando um ensaio para o grande baile...
a dança é dos ventos...
que o resto suma na poeira das estradas,
eu sou eu e o vento é o vento
pai e filha essência de uma mesma substância contrária
plantei flores, ventania desfolhou, colhi poesias
Chutei pedras, rolaram no tempo, e o seu tempo...
E o tempo?
O tempo é tempo... (in) tempo...
“zen” tempo ...de realizar tudo...
todos eu tento...
coloco meu chapéu de flores
chuto tão alto que pedras atingem meus sonhos
E daí?
São meus...
sonhos e minhas pedras e flores nossas...
Se cruzar comigo no meio do caminho
Tiro-me pra dançar essa dança que eu (in) vento,
Rodopiarei agarrada na estrada, com meu vestido
azul... de estrelas laranjas...
Citarei os “Borges”: “se você quiser... danço com você no pó da estrada”
Sou madrugada nessas ventanias...
Quero ganhar estrada e completar meu itinerário
Sem cair meu chapéu de flores
Pulmão repleto de ar...perder o fôlego
Me tirar pra dançar...quero aprender a jogar,
flores e pedras... que em mim encontrar

Pedras e flores




Pedras e flores

Respostas estranhas e dificieis...
Perco-me nas horas solitárias...
jogo meus olhares além das ventanias
que trouxeram tantas folhas roçando minha alma...
aquelas que sobraram de outro dia,
daquele fim do mundo que não acabou
novamente, pousou aqui na porta
absurdos de uma alma inquieta e sem visão de aquietar-se
agitada a cada instante nessa solidão,
não espero, somente quero,
olhar o céu azul e ver estrelas lá...
que renasçam pequeninas ao meu olhar,
mas que brilhem e diminuam o alcance dos teus...
um tostão para entender...entediar-se
batidas de um rock progressivo,
menos progressivo que minha dor latente
aquela dor que causa medo,
que incrustou nas pedras do meu pensamento
tenho pedras e flores em mim...
colham as flores, chutem as pedras...
quero plantar sorrisos verdadeiros e olhares certeiros,
quero descansar a inquieta alma, minha...
que só dorme,quando exausta de sonhar,
espera chegadas triunfantes,das chuvas de março
que se foram e das flores de abril;
que tomaram conta das ventanias...
meus defeitos são expostos, chato demais seria
a “perfeição conceito máximo” de meninos-homens
brincando de me fazer feliz...
colho as flores para os vasos, enfeitar teus dias
chuto as pedras para ver rolar, as cercas...
que construiu em volta do teu peito










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“Silêncio para meus olhos”


“Silêncio para meus olhos”

Quero um grito de silêncio
estampar teu rosto em minhas camisetas
psicodélicas... eu e as estampas, de teu rosto
sou bem mais do que possa alcançar...
tua fala no peito escancaradas de sorrisos
palavras, palavras onde estão elas?
quando as queimei nos torres dos castelos
soprou o vento algumas, menos incomuns
picharei as que sobraram nos muros
das nossas esquinas, avisto...
á vista plena dos ventos em retirada
dos furações de silabas e rimas inauditas aqui...
grite um silêncio para meus ouvidos, e olhares
que alcançam meus sonhos perfeitos para dois
decibéis suportados até agora...
enlouqueço no barulho surdo das avenidas, propagandas
de lágrimas sem dor...graças em retirada,
preciso das janelas nossas e dos girassóis nascendo
para esse dia em busca do sol... o vento leva
e chega os sons de teus mágicos sorrisos...
plagiei tuas falas aos sons deles e vivo feliz

Sobre trilhos...sem voltas...


Sobre trilhos...sem voltas

Andei sobre trilhos...
na cidade de São...
Paulo... são enigmáticos
trilhos, estações, ratos
trens e tais...Brás...homens,
Luz ... recordações
da infância ...trens “azuis”
em busca das avenidas
de Caetano... novos baianos
eu... sou... estações passaram
sem que eu percebesse, a beleza
não rústica, moderna, concreta...
demais para meu temperamento
azul... ainda sou garoa das tardezinhas
gorro, capa de chuva amarela...
puxada por umas mãos imensas
as de meu pai...tudo passa...
trens, estações, menos...
os sonhos da menina... ilusões,
concretas demais...jaz em inebriantes
situações... álbum de fotografias...
paisagens frias... estações
vou por entre os trilhos,
trilho outras vocações,
sobre tantas ilusões
trilhos...sem voltas!







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Esperas...


Esperas


Completamente parada nesse jogo dos ventos,
há ruas, estradas, poeiras, nuvens...
querendo chorar sobre essa terra,
agonia de tantas dores parada
no céu estranho e azul de tantas bocas
gritos dados no silencio e escuro das noites
crianças famintas por sobrevida,
caixa de brinquedos jogada sem vida
misérias escondidas nos guetos
armários abarrotados de uns brancos imensos
parado nas gargantas, coquetéis de vida,
esperança de viver a própria vida, de sorrir
de não sentir dor... marcadas pela violência,
sorriem e contemplam as “benditas chuvas” do poeta,
esperam essas sobre os corpos que exalam odor,
da dor sórdida...horror...
contraíram o vírus da falta de amor
querem viver...seus gritos e choros são de vida
suas esperas são das chuvas benditas,
sobre suas peles sem cor...




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Precisa amadurecer...


Precisa amadurecer
o cerne de meu peito onde guardei sonhos tolos
tolo, reviravolta e meia volta
ferido está, os sorrisos fugiram dele
as certezas já não mais
entrelinhas absurdas
palavrinhas que insistem
em deixar na história
um sonho, um nada,
será que tudo isso era preciso?
Quero atear fogo em meus castelos de sonhos
No I e II... tochas incandescentes, por favor,
Subam as cortinas da verdade
Abaixem as das enganações e inverdades
Mentiras tolas...
Quero escurecer meu quarto,
Apaguem as luzes desses seus olhos grandes
E olhares mentirosos... que se acham sinceros
Quero deletar as imagens desses príncipes-sapos sem beijos
Quero implodir as torres dos castelos
E me soltar das ameias de prata
Se não entendem minha linguagem, minha escrita
Assistam às peças desses grandes bailes medievais
E prestem atenção nos bobos da corte
Esse coração tolo encenando a vida, esperando...
espera...esperando...o cair das cortinas...
Nas labaredas dos castelos...assisto...
O fim... que bom saber que tudo “um dia tudo acaba”
E que rosas sobrevivem aos invernos...
E que pássaros voam em bandos...
E que gaivotas são solitárias...
E que vou sobreviver...




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