quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

…Estado de uma loucura qualquer…





O sono fugiu de meus olhos…
Insistem em abrir-se… São flores, rosas… Botões de rosas…Que lentos fazem uma dança do abrir-se… E ao iniciar pequenos passos melodiosos…Encerram-se em flores… vistosas... não botões de rosas… Imensas rosas…Amores perfeitos, em espalhados jardins azuis como os sonhos, que não consegui ter…Vermelhos e vibrantes… Como desejo, que não realizei, ser tua… Em tua boca…Quando encerrar meus olhos em sono mais profundo…Adianta-se a velar meu sono… Encerrando em minhas pupilas, não reagentes, meus olhares… Nada me adianta se não o amor de meus sonhos azuis... A velar meu leito… De sono mais profundo…Nada mais adianta… Se és ausente…Meu amor perfeito de sonhos azuis em jardins de rosas vermelhas! Quantos (in) ventos e ventanias… Ventos e inventos e não parti ainda…Queria encerrar-me em rosas vermelhas… Amores perfeitos e em sonhos azuis…Coroada de perfumes chocando ao redor… Ao som de meus sons pinkfloydianos…Afastem os lobos, os meninos… Que venham os psicodélicos, e progressivos.Passa um vento forte aqui… Uma ventania absurdamente perfeita!
Quantos (in) ventos e ventanias…

E nem parti ainda…







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Todos os direitos reservados a autora


Descobrir-se só...


Acordar num belo dia, normal como qualquer outro desses dias,
Azuis, como são todos os belos dias da sua vida,
Espreguiçar-se, relutar por abandonar aquela que foi seu abrigo seguro por mais ou menos cinco a seis horas, confidentes de seus sonhos, dos mais absurdos aos mais estranhos, tomar consciência de que se está viva, respirando e atrasada, pular rápido, escova de dente, cabelos, abrir o chuveiro, água quente, quase pelando…(escreveria minha mãe);
Ah! O banho, mesmo o mais rápido deles, revigora todas as células, chega a acordar a alma, revive o espírito, se é que esse algum dia deixou de ter vida… Um dia carregado com suas rotinas, tudo como foi ontem e antes de ontem, e ontem…
Mas algo de diferente acontece, lá pelo meio dia, e você se vira, e todos os seus sonhos, convicções, viram com você, e você se sente estranho, perguntas sem respostas, vazios preenchidos por grandes outros vazios…
Barulho dormente, Silêncio torturante.
E a vida continua a passar lá fora
Dentro estagnou, é só você e uma estranha dor que não passa…
O azul do dia, nublou, são agora alguns tons de cinza…
Quero voltar e não posso;
É apenas poesia abstrata demais

Sem lirismo algum…
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Nossos Castelos de Sonhos I ...



Roubei de ti as “FLORES E PALAVRAS” e fiz de conta que foram feitas para eu…
Sonhar em meus castelos de sonhos, em minha subida, lenta, em meus olhares tristes que sorriem por tua vida…
Viva por mim e me faça feliz, na tua alma… Me encontre…Semeie as palavras que rápidas, te quis ensinar… E colha flores, muitas flores… Na vida das pessoas que encontrar no seu caminho…
Não me deixe partir, sem antes à certeza de que é meu Nobre Cavalheiro, me deixa ser sua nobre dama; Rainha da tua alma; substitua suas poesias antigas, sem medo de expor teus sentimentos, cuidarei de tuas feridas, soprarei se preciso for, não os machucarei, cuidarei de teus jardins, molharei todos eles com minhas lágrimas de saudades…
E como rainha de sua alma, deixe-me, tomar conta de seus castelos, passarei minha eternidade dançando para ti… Aprenderei a tocar harpa e tocarei melodias que alcançarão nos ventos teus ouvidos… ensinarei as folhas roçarem teu rosto; mesmo que não seja outono, criarei um outono particular para ti… e pintarei de laranja-outono tudo em sua volta… e ensinarei os ventos a desalinhar teus cabelos de uma maneira única que só eu sei como… e desejo desalinhá-los todos… amo seus cabelos… como pode uma coisa assim?“ - Amar cabelos”… e deixarei o azul, dentro de seus olhos… e comemorarei de vermelho-pétalas apenas os seus aniversários, enfeitarei nosso castelo…de pétalas de rosas e espalharei botões para que ande devagar sobre eles…como um tapete vermelho de rosas; para caminhar pela tua vida… Creia serei eu…Eu viverei voando nas ventanias… apenas para te dar certeza de que és amado… Quero gritar pra que saiba o quanto te amo. Nunca sonhei ou imaginei amar alguém assim; nem fazia conta de que existisse um sentimento assim…constante…Amor de minha alma. Mesmo sem a intenção de ser, seja…Tens na sua escrita o dom de me amar… e fazer-me amada… faz-me sua “Nobre Dama” que debruçada nas torres do castelo, sorri e corre ao teu encontro quando as tardezinhas voltares para casa. Deixa-me ver tuas mãos pequenas segurando as minhas… Busque-as ao lado da suas, irei te ensinar a andar de mãos dadas, agitadas pelo vento, não tenha medo, eu as segurarei forte, poderá sentir-se seguro no toque quente de minhas mãos, nem sabes, mas a temperatura de minhas mãos e corpo é quente…E quando for pedalar, cercarei teu caminho de esperança. Irei a frente, ao lado, sobre, abaixo de ti, farei cercas de amores perfeitos, uma ciclovia, para sentires os perfumes, a força do vento amigo… Te tocando… Nas descidas poderás sentir aquele frio, dentro de si, emoção por ser livre e poder voar se quiser… voarei contigo… Seguro nos teus pensamentos…
Posso se quiseres e desejar soltar todos os pássaros e minúsculos passarinhos… que encontrares… eu abrirei as gaiolas todas que os prende para que você possa ter a alegria de vê-los voar todos ao seu redor, enquanto desce pelas estradas… se permitir ainda, abrir suas asas, para que eu possa me deitar nelas, descansar depois de tantas peraltices ao sabor dos ventos, abra-as para eu, suas asas de sonhos e seus reais braços, pode deitar-se ao chão na grama, no barro das chuvas, e eu deitarei sem medo sobre seus braços e dormirei…Colha flores para que eu possa sorrir, vendo tuas mãos carregando-as…não permitirei que se fira em espinhos, e ainda velarei todas as suas tardes, manhãs e noites seus diversos períodos de sono… Cobrirei teu corpo no frio, dos invernos, quando descobrir-se… Posso cobri-los com meu próprio corpo se quiseres… E aquecê-lo para ti… sonhar… e sorrir enquanto dorme… E quando fores escrever criar, der corpo à alma de palavras mais doces… eu poderei soprar aos seus ouvidos, inspiração, e também… sentar no teu colo… E contar como foi meu dia, de como ajeitei as flores nos vasos de nosso castelo, de como os nossos piazinhos, correram da água do banho, todos os que não pude te dar… mas adotei-os nos meus sonhos… contarei quais mexeram nos seus escritos e arriscarei dizer quais herdaram de ti a sensibilidade poética… Recitarei as palavras engraçadas e novas que eu tiver ouvido deles enquanto passeava pelos cantos de nosso castelo, e ainda as palavras novas que eu tiver ensinado a eles… esconderia de ti as varinhas de marmelo, e nunca permitirei que toque neles, se for necessário sairei para fora de nosso castelo, não suportaria ver uma cena dessas; poderá também recitar teus versos, para que possamos reunidos fazer de nosso castelo um acolhedor sarau, recital…Quando receber seus amigos, poderei ficar ouvindo e sorrindo de sua conversa engraçada, de suas piadas, sorriria até das menos engraçadas, e de longe olharia pra ti com meus melhores sorrisos, aqueles cheio de admiração, de amor e desejos… que despertaria inveja aos seus amigos, pois sentiram a felicidade que sua alma estaria… refletida em suas grandiosas e perfeitas palavras de amores… Deixa-me ser essa ventania que mexe com teu corpo e com tua alma… Meu Nobre e doce Cavalheiro…Sinta-me nessas folhas ao sabor das ventanias de meus in ventos…Não direi agora te amo, porque, pouco significa essas palavras, diante do tamanho do dilatar que se encontra meu coração… ao pensar em ti… e inventar esse nosso castelo… para que eu possa viver… Mesmo não tendo vida…
“Minha vida”… meu menino… meu poeta… meu amor… minha alma…
“Meu coração”… meu anjo de asas abertas… sinta-me agora nesse vento…Que passa rápido ao teu redor…


Nesse instantezinho de mim…






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Sou pétalas na palma de tuas mãos...as vezes pelo chão...


Venho com minhas mãos e pétalas de uma rosa,desfeita... achei pelo chãode todas as cores... rosas, salmão, pérolas, brancas"são" de toda uma rosa...que me tornei, solidão...onde encontrar...o fim de tudo isso,toda manhã é um começo as noites são meus fins,as tardes recomeço...choro, entristeço... me encontro pelo chão pelas tuas mãos...nas palmas das minhas...se me encontrares por ai...me devolva...

Estou a precisar de mim...








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Meus delírios de amor...


Olho esse seu olhar imóvel,
enchendo de desejos esses,
meus desejos, você todo e
um todo de mim, instante
dilacerante, loucura...
esse querer que não passa
aumenta vontade, paixão
crescente dentro de um fim
quisera eu , poder estar
em teus braços abraçar
teu corpo estar junto dele
desejos loucos aumentar,
entre tua distancia...
e minhas imaginações
tardes, noites quentes,
de verões, corpos nus
para nos brindar, amar
viajar em você...compor
meus delirios de amor!!!

Bendita Paixão...



Ah! Esse criar insano de vocabulários longos; que esperam infindáveis...infalíveis, jogos de palavras...Escrita Bendita... consome horas...Ativam células que parecem desfalecer...Ah! Viver... Esse viver... Bendita paixão...Esse esperar em horas, coisas que estão para acontecer...Perfeitas atitudes lúcidas... palavras reacendem um querer...Maior que esse céu de nuvens a construir o azul; azul...Azul-demais, nessa paixão incandescente, nesse dobrar de palavras,vermelhas; acrescentam sinais lógicos em retóricas...ilógicas.Misturam as cores, é uma alegria só...O vento passou por aqui, e levou convicções desse tempo veloz...Que só para, enroscados em anzóis.tecnicamente feitos para cessar...Rotas ativas de meios ativistas...deter...deteriorar...Perder-se entre um poema e outro... Criar...Retirar certas teias...tear...recitar...Uma canção de amor pra ti...ouvi-lo cantar,sonoramente tua fala canta, és pássaro...Rouxinol entre o verde oliva...
Do jardim de tuas rosas...






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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007


Não encontro palavras inteiras, diretas e direitas para dizer o que sinto por ti, e querer explicar essas formas todas de pensar em você e esperar pelo dia que me tomará nos teus braços, e num abraço infinito, dentro de um beijo preciso ficar inteira no céu de tua boca... De sentir e nunca esquecer teus braços ficar... Sinto medo agora, depois daquela hora que você partiu, se foi contigo meus sorrisos todos, meu encanto, ficou meu espanto espantado, da tua ausência, nem sabia que doía tanto, nem sabes o quanto eu tenho guardado minha ternura e docilidade para te tratar, escondo tudo e um pouco mais, pra te esconder quem sou e o quanto te quero, e nem sabia que te esperava tanto, está um dor dolorida, me faço em coisas e personagens que nem sou, para esconder minha fragilidade, tenho me feito forte, para suportar teus maus tratos, tens se escondido de mim, não tens se mostrado, pensei não saber amar...estou com medo de assumir o que ando sentindo, tudo tão misturado e tão claro, nesse escuro de nuvens chegando a chuva que não são só de meus olhos, vem do céu escuro, precisando dos teus sorrisos e graça, estou aqui e nem percebes o quanto tenho estado, em estado de quase desespero e num salto, tenho sido calmaria dentro de mim... Amor pra ti roubar pra mim... Amor desesperado, sem nexo, sem retorno, sem esperança, sem beijo, sem alma tua, pra iluminar minha janela fechada, tinha jurado nem querer saber mais que sentimentos são esses... Mas de um lado essa dor que aperta o peito e me deixa a espera de um sinal... Sinto estar complicando minhas decisões tomadas, perdi a coragem de ir em frente, sem ao menos uma esperança de ser você parte de algo em minha vida... Platônico e doloroso, isso é amor?
Tenho conversado sozinha contigo... Sonhando autos diálogos, sonhar é meu mal... Me estrago... Me calo para os outros e me abro em uma fantasia...te esperar um dia...ter em meus braços...teus abraços...

Te quero, me olha e sinta...me escuta ao menos...
e me busque dentro de teus olhos...

Te quero....



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Quieta estou e águas silenciam meus pés...Sou tua e sou de ninguém…banhando-me, em sonhos de outubros… chove aqui…
Aquelas de fevereiro e março…desabaram, sobre minha cabeça chuvas amargas…sem doce… você nesse distante…de mim jogos de meninos,que a natureza o faça…hoje…… o faça refletir em meus olhos sonhos que estou sonhando pra nós dois…insuportável está a distancia…mato roçando você… pés que caminham...
Em pensamentos distantes, estou caminhando contigo... em trilhas não conhecidas, fazes agora…Voltas…cheio de consciência do quanto está difícil coloque-se em meu lugar…de predileção e sinta…sinta o quanto te quero…não percebes?


Tem coisas que podemos esperar a vida toda…não percebes?

Tem horas que se fazem necessário presenças…não pecebes?

Aquieto-me, meus versos e eu…



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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

E a Louca sou eu!!!!




Estou aqui me matando de estudar... O problema é que não consigo me concentrar em uma coisa só... No meio das informações... Vêm pensamentos... Material para a danada da escrita que bem sabe sou apaixonada...

Exemplo: Estudando matemática... Acabei procurando "função semântica" para a palavra "Matemática"...encontrei várias...como: "Porcaria" "droga" "tô ferrada" "Que saco" "Quem precisa saber o valor de tantos "X" e "Y"...Com certeza se procurar vou encontrar outras...
Minha sorte que nessa avaliação matemática tem "peso 2" o que vale mesmo é o "bendito "português... e interpretação... Ufffa!!!

Falando em matemática....

Releitura da semana:


Tenho um colega no curso de inglês, sabe desses chatos...Que se acham gênios... De óculos, cabelos oleosos e tudo mais; que pensam poder mandar em você... e ficam com graça para chamar atenção... Já fez duas graduações, "Sistemas" e "Física”... Agora faz inglês para o mestrado em física... querendo provar que não preciso fazer filosofia porque "psiquiatria e filosofia" são as mesmas coisas...Fica insinuando que sou "louca"...Não dei muita atenção para não dar hibope...(E claro intimamente foi uma vingança por detestar números...Tipo "Efeito projeção"... projeto nele a minha deficiência em relação aos meus "inimigos números") coisas que nós mulheres fazemos automaticamente...

Então respondi a altura:

-"Que bem escondido dentro de cada Psiquiatra... Existe um "louco"...E que dentro de cada louco existe um "Filosofo"...
"Mas que dentro de cada Físico... Se encondem dois loucos: "Um dentro e um fora...Que só escolheu a Física...Por que não ter coragem de assumir sua loucura..."

Ele riu...

E eu... imaginei...que ele iria tirar uma calculadora cientifica do bolso para tentar provar a relação do meu pensamento com a relatividade dos "dois loucos dentro e fora" usando x+y=a realidade da vida ...rsrsrs...Não tirou a calculadora...Mas garanto que intimamente ele ficou fazendo cálculos....rsrsrs....

E a louca sou eu!!!!


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Sofrendo de Regionalismo Crônico...



Sabe? Ah! É claro que não sabe…Intão (Nhtão) vou falar…Essa coisa da lingüística… Me fascina…Os “Tu “e “mas” do sul… Os “intão” da minha cidade, São Paulo, que “São Paulo”, versado nas letras com “Dom das Palavras” e tudo o mais, nem nos ouça… Reviraria no santo túmulo, mas então…

Tive o prazer de conhecer Minas Gerais e fazer amizade com um mineiro, diga-se de passagem, “Um tanto” “dimais” de “bão”.A gramática do meu Word nem aceita tantos erros de conjunção, mas muito cuidado que “ocê” pode acabar por “apaixonar com ele”… Ou “apaixonar com eles”…É mineiro não apaixona por ele… “Por” nem pelas mineiras… o que acontece é que “apaixona com ele”… ou “com ela”…Eu particularmente… Apaixonei e amo esse modo único de dizer coisas… Tem coisa mais linda que ouvi um bonitim… com jeitim de minerim…

Ah! Num tem não, sÔ!

E tem mais mineiro não finda, não termina, mineiro “acaba”, “to acabando um tanto de coisa aqui”…

Essa coisa de sintetizar o que poderia ser dito inteiro… Ou de “acabar” vivendo “agarrado” nos tantos de coisas…

“Mas, coisa chata a parte”… é relógio de mineiro… Extenso demais sô, quando 20 minutos conseguiram já ser 60 minutos… Ou mais…

-"Mas quem tem pressa aqui"? Culpa minha, paranaense com costumes paulistas estressada até a tampa… É “estressadim por dimais”, “cê tem razão”.

Mas eu preciso “de ir”…Nosssaaaa… “De ir”… Mas nunca vi um de ir tão lindo como saindo daquela voz mansa… De meu amigo…

Ai! que vontade de estar agarrada (opa no bom sentido, porque estar perto de mineiro é agarrada) com ele…

Eu nunca ouvi esse meu amigo falar uai, de certa forma fiquei decepcionada “com” isso, nem teorias sobre queijos, nem receitas de pão de queijo, porque mineiro não fala, mineiro “diz”…

-“Dizzzzzzzz o que cê tem”?

Um dia convidou dizendo se eu queria ir aos arredores de Ouro Preto, ver um "trem" novo…Na hora viajei…Nos trens azuis de Venturini… Nas estradas e nuvens de poeiras das canções de Marcio e Lô Borges, porque tem paisagens mais lindas do que as das janelas laterais dos “Trens de Minas Gerais”?
–“Não tem, não”… SÔ… Ah! Esses mineiros…Mas por vias das duvidas perguntei:

-”Que trem novo é esse”?

-”Ah”! É trem de ferro, messsss, engraçadin…

Vocês nem imaginam… ”Do que” esse mesmo alongado e contraído e esse “engraçadinha” pela metade causaram…

Em uma conversa sobre noção de paraíso com outro mineiro:

-“Isso aqui é o paraíso!!!!”

-"Mas o paraíso ta dentro docê uai"!

Um nossa (nó) mineiro quem soltou fui eu “noooooosa”, que expressão mais bonitinha…

Realmente fico abismada “com o tanto” de palavras que eles fazem virar melodia dentro da gente…

Acho que ando sofrendo de regionalismo crônico…Resolvida a não acabar com isso… Findar… Terminar o texto… Por quê? "Óiprocevê":

-Ah! Resolvi viver em Minas… "Émez"... Pretendendo residir lá, sÔ !!!!!

Um bom pretexto… Quero conhecer melhor o “idioma” mineiro…

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O Mar lá... das Minas Gerais




Quando meus pés tocaram o solo de minas
meus olhares já haviam notado a beleza dos ares..
Apaixonei... “com ela”
Não posso dizer que pela beleza porque todas as cidades têm lá a sua...
Foi a magia...mágica...não tem explicação
Assim como todas as paixões... se tornaram perfeitas
Mesmo com seus defeitos...procuro e não os encontro
São só os mares de montanhas... alturas de olhares,
as possibilidades de poder saltar deles,
o coração se anima ao lembrar das sutilezas
dos cantos daquele lugar, paisagens entoarias
vida buscando caminhos para lá voar,
que coisa... um vento para me entender
o som das vozes macias,o jeito de dizer coisas
o ar, o mar de montanhas, não quero explicar
quero deixar dito, não preciso de razões para lá estar
estou e pronto, mesmo estando do outro lado do mar
são os mares de montanhas que me arrastam
espantada quando olhei na geografia e mar não havia
poderia querer o Rio em janeiro, Itália em abril, Paraná em junho,
os interiores de São Paulo em setembro, Florianópolis em outubro...
Mas quero estar lá o ano inteiro...
questionada sobre o que existe lá... descobri o que há:
há a alma pulsante de Drummond, voando por lá
há sangue de heróis pelo chão
há os cantos apaixonantes, dos meninos mineiros,
janelas laterais, trens e canteiros, nem vou citar...
há poesias de um coração a mando desse lugar,
dialetos que arrepiam a língua...
portuguesa... preciso arrumar um mineiro para estar...
que possa por graça... cometer todos os erros,
das concordâncias verbais, somente para me alegrar
quero morrer de viver lá...
entre os mares de montanhas,
viver do meu olhar... Lá, amar.

Uma Ventania Qualquer...



Ventania, chuva, vento; beijos da noite escura...
Somente a poesia para mostrar a beleza, dessa natureza toda.
Aqui ameaça um vento; meu sorriso parece que vai sair correndo e de repente para, inventos.
As nuvens estão brincando comigo, as gotas de chuva, escondem-se, apóiam-se em noites quentes de verão...
Todo instante é pura...emoção...a chuva que teima em não cair... Respiro...
Suor escorre do meu rosto... gotas quentes...ventos quentes...prenúncios de um temporal distante...
Bem que poderia desabar o céu agora... Chove ai... bem sei...
O céu continua estrelado...janelas abertas...corpo debruçado... Poesia dessa minha noite...Vida distante...
Escondida entre árvores que desejam o balanço e o beijo das chuvas... Doces beijos enamorados... d’águas doces.
A noite fez-se longa dentro desses temporais distantes... Conexões desconectadas vestem temporal...
Atemporal que desce inconstante...Quereria ser gotas agora... Que molhassem seu semblante, vento que desalinhasse seus cabelos...
Todos... Brincassem com o menino...distante, memória... De ternos e quentes abraços dados em aparente tela... fria...
Beijos quentes e molhados... inventos...sólida visão para viver dias... solitários e tristes sem tua companhia...
Chove agora... dentro d’alma... chove...saudades.


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