quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Descobrir-se só...


Acordar num belo dia, normal como qualquer outro desses dias,
Azuis, como são todos os belos dias da sua vida,
Espreguiçar-se, relutar por abandonar aquela que foi seu abrigo seguro por mais ou menos cinco a seis horas, confidentes de seus sonhos, dos mais absurdos aos mais estranhos, tomar consciência de que se está viva, respirando e atrasada, pular rápido, escova de dente, cabelos, abrir o chuveiro, água quente, quase pelando…(escreveria minha mãe);
Ah! O banho, mesmo o mais rápido deles, revigora todas as células, chega a acordar a alma, revive o espírito, se é que esse algum dia deixou de ter vida… Um dia carregado com suas rotinas, tudo como foi ontem e antes de ontem, e ontem…
Mas algo de diferente acontece, lá pelo meio dia, e você se vira, e todos os seus sonhos, convicções, viram com você, e você se sente estranho, perguntas sem respostas, vazios preenchidos por grandes outros vazios…
Barulho dormente, Silêncio torturante.
E a vida continua a passar lá fora
Dentro estagnou, é só você e uma estranha dor que não passa…
O azul do dia, nublou, são agora alguns tons de cinza…
Quero voltar e não posso;
É apenas poesia abstrata demais

Sem lirismo algum…
Copyright 2007 by D.Domeneghetti
Todos os direitos reservados a autora

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